quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Capacitar “jovens aprendizes” é a meta das entidades comerciais de Campos



“O momento é de crise, mas caberá ao jovem aprendiz a chance de reverter esse quadro se ele se dispuser a entrar para o mercado de trabalho com vontade de aprender uma profissão e ajudar a sua família”, a frase pronunciada pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos, José Luiz Lobo Escocard reflete o momento vivido pelo país e pela região. Uma vez que o índice crescente do número de jovens que passam a fazer parte daqueles que desejam entrar no mercado de trabalho é grande.
Desde a semana passada (20) o governo federal vem convocando todas as entidades representativas da sociedade civil para debater temas que envolvem a aprendizagem profissional de jovens e a aplicação de medidas que devem ser tomadas para aperfeiçoa-las.
Desta forma, ontem (27) o presidente da Fundação CDL, Maurício Arêas e o representante do Sindicato do Comércio Varejista de Campos, Alexandre Albuquerque do Amaral, estiveram no Conselho Municipal de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e entregaram um projeto à sua presidente Jerusa Raquel dos Santos Faria contendo um plano de ações a serem efetivadas pelos empresários do setor comercial e industrial.
- O objetivo é registrar a Fundação CDL no Conselho Municipal para que possamos trabalhar o nosso projeto de aprendizagem e proporcionar aos jovens entre 18 e 24 anos a oportunidade de aprenderem um ofício e ingressar no mercado de trabalho, foi o que explicou o presidente da Fundação CDL, Marcelo Arêas.
De acordo com Arêas, ainda falta alguns pontos a serem avançados no projeto até a sua consequente aplicação por todos os empresários do comércio e da indústria.
- O projeto tem por objetivo trabalhar o menor de 14 a 18 anos com cursos e encaminhamento profissional do menor aprendiz no comércio local. Nós já sabemos que dentro da nossa região nessa faixa etária há um percentual de mais de 8.000 jovens disponíveis para entrar no mercado de trabalho, uma vez que eles já estão inscritos no Ministério do Trabalho para participar desse projeto - informou Arêas.
O projeto ainda precisa receber o registro de Utilidade Pública na Câmara Municipal para então aguardar o registro do Conselho Municipal da Criança e Adolescente para então implantar o projeto no comércio local.
O consultor de RH e representante do Sindicato do Comércio Varejista, Alexandre Albuquerque informou que esse é um projeto que teve resultados positivos no sul fluminense, onde mais de 800 jovens tiveram sua primeira experiência de trabalho. Para ingressar neste projeto é necessário que o jovem esteja matriculado e cursando a escola regularmente, para então ter um outro curso de aprendizagem profissional seja no comércio como na industrial.
- Na reunião realizada na CDL na segunda (26), o sistema 5 S´s (Senac, Senai, Sesc, Sesi, Senat) foi indicado para participar do projeto, mas somente o Senai é que tem tido resultados positivos ao contrário do Senac que não apresenta resultados satisfatórios para sabermos exatamente quantos jovens tem conseguido uma vaga no mercado de trabalho, informou Alexandre.
O Programa - O Programa de Aprendizagem já abriu, neste ano, uma oportunidade para 238.778 jovens, com idade entre 14 e 24 anos. Eles estão inseridos em empresas de médio e grande porte pela Lei da Aprendizagem (Lei 10.097), regulamentada em 2005, que determina de 5% a 15% das vagas, sejam preenchidas por jovens. Uma das exigências do programa é estar frequentando a escola ou já ter concluído o ensino médio. Para pessoas com deficiência não há limite de idade.
Um dos parceiros do Ministério do Trabalho no Programa Jovem Aprendiz é o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), no qual os jovens frequentam, uma vez por semana cursos técnico-profissionalizantes com aulas direcionadas ao ramo da empresa em que estão inseridos. Nos outros dias eles aplicam este conhecimento na empresa. Os contratos variam de quatro a seis horas, com Carteira de Trabalho assinada. O salário, o recolhimento do FGTS e do INSS são proporcionais à jornada. O bom desempenho escolar é uma exigência, por isso a carga horária é reduzida. A Lei da Aprendizagem foi criada para atender principalmente os jovens de baixa renda, que passam a ajudar no orçamento de casa sem sair da escola.

Ascom ACIC
Data: 28/09/2016

Foto: Divulgação

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